Disponibilidade de café seguirá apertada

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Foto: Divulgação

Possível formação do El Niño a partir do segundo semestre, em tese, sugere temperaturas mais elevadas após o período de floradas

Após mais de três meses de chuvas contínuas nas regiões cafeeiras brasileiras, as previsões para as próximas semanas sugerem dias mais secos. Isso deve ajudar a colheita do conilon, que está próxima do início, além de evitar a queda de grãos maduros. Deve favorecer também o controle de doenças e o preparo das áreas para a colheita (arruação).

A possível formação do El Niño a partir do segundo semestre, em tese, sugere temperaturas mais elevadas na primavera, após o período de floradas, o que pode ser problemático se vier acompanhado de chuvas irregulares. Já para o próximo inverno no Brasil, o El Niño aparentemente não estará instalado, o que poderia significar um inverno mais quente, porém, o mais provável é que estejamos na transição climática de La Niña para El Niño, quando há teoricamente maior probabilidade da entrada de massas de ar frio, o que não necessariamente quer dizer que haverá geadas. Vale lembrar que, para a Ásia (Vietnã e Indonésia) o El Niño geralmente está associado a uma condição mais seca, podendo eventualmente penalizar a produção de café da região.

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Devemos continuar observando baixos números de exportação. Caso os próximos quatro meses venham em linha com fev/23, o total do ano safra ficará próximo de 34 milhões de sacas, o que é abaixo de nossa expectativa, de 36 milhões de sacas.

Com isso, acreditamos em preços firmes para o arábica nos próximos meses, diante da ausência dos grãos da safra nova e baixa disponibilidade da safra 2022/23. Já para o conilon, em que a colheita começa mais cedo, a oferta deve melhorar antes. E apesar do curto prazo apertado, acreditamos que mais adiante, caso o clima não atrapalhe o balanço global deverá ficar menos pressionado. (Agrolink)

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