Calor impacta nos preços de frutas e hortaliças vendidas no atacado

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Foto: Divulgação

Boletim Prohort, divulgado pelo Conab, mostra movimento dos preços em setembro e tendências para outubro

As altas temperaturas registradas no país têm impactado nos preços de frutas e hortaliças vendidas nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas). O forte calor acelera a maturação de alguns produtos, e com isso, o produtor tem que antecipar a colheita, afetando a oferta e os valores de comercialização, como mostra o 10º Boletim Prohort divulgado, nesta quarta-feira (21), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Entre os produtos que sofreram a influência do calor está o tomate. O produto apresentou alta nas cotações em praticamente todas as centrais analisadas pela Conab, sendo a maior variação em Brasília, de 32,5%. Apenas na Ceasa do Rio de Janeiro a hortaliça ficou mais barata. Com a maturação precoce, houve muita oferta do tomate nos primeiros dias de setembro, quando o preço baixou, porém a oferta diminuiu no restante do mês, o que trouxe um efeito de elevação de preços na média final. No entanto, pelo acompanhamento dos preços diários, é possível notar uma tendência de queda a partir da segunda quinzena deste mês.

No caso da melancia, as altas temperaturas intensificaram a entrada da fruta no mercado. Com a elevação da oferta, principalmente da região de Uruana (GO), os preços no acatado ficaram mais baixos, estimulando a procura. O volume da melancia negociado em nove centrais de abastecimento chegou a ser 60% superior ao registrado em agosto deste ano. Na primeira quinzena de outubro, os preços apresentaram estabilidade em boa parte do país.

Outro produto é o mamão, que ficou mais barato no mercado atacadista devido ao amadurecimento acelerado. Neste mês, há tendência de estabilização do preço.

As condições climáticas também influenciaram na maior demanda pela laranja que, aliada a uma menor oferta da fruta, apresentou alta de preços nas Ceasas pesquisadas.

A cenoura ficou mais cara em todos os mercados atacadistas analisados em setembro. Entanto, para outubro, há previsão de “uma estabilidade nos preços dentro do mês, porém na comparação com a média de setembro, o preço vem declinando”. (Ministério da Agricultura)

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