Suinocultores e técnicos participam de capacitação sobre sanidade na produção de suínos

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Foto: Comunicação AVES - ASES

A troca de informações, a quebra de mitos sobre infecções ou doenças animais como a Peste Suína Africana e a Clássica, Febre Aftosa e PRRS, e a divulgação de medidas que vem promovendo a biosseguridade na suinocultura brasileira foram destaque no Workshop Estadual “Doenças Virais de Importância na Produção de Suínos”, realizado no último dia 06 de setembro, em Vitória.

Promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), juntamente com a Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs) e a Associação Brasileira de Médicos Veterinários Especialistas em Suínos (Abraves), o evento, que contou com 83 técnicos, estudantes, produtores, pesquisadores e representantes de várias entidades ligadas à suinocultura capixaba, teve o comando da especialista em epidemiologia das doenças infecciosas e doutora em medicina veterinária, Masaio Mizuno Ishizuka.

Logo de início, a palestrante abordou o estudo dos diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de doenças, desde as formas de transmissão e diagnóstico em situações de Peste Suína Africana (PSA), e também frisou as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo brasileiro com objetivo de “bloquear” a entrada e a proliferação da doença no país.  

A pesquisadora também detalhou, desde a conceituação até as formas de diagnóstico e prevenção, os estudos epidemiológicos em casos de Peste Suína Clássica (PSC), Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos (PRRS), Febra Aftosa, Seneca Valley Vírus, Estomatite Vesicular e na Doença Vesicular dos Suínos. 

Outra palestrante do evento, a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, explanou sobre o trabalhando que vem sendo desenvolvido pela entidade, juntamente com os órgãos de defesa, há mais de um ano em várias granjas do país objetivando garantir a manutenção da sanidade do rebanho de suínos e a melhoria da vigilância nas granjas, além de capacitar os profissionais da defesa sanitária e da iniciativa privada para atualizar os conhecimentos e mitigação dos fatores de riscos de entrada da doença, e adotar medidas de contingenciamento das doenças emergentes e reemergentes.

Também palestraram ao longo do Workshop, o auditor fiscal federal agropecuário do MAPA, Edson Flores de Lyra Junior, e o subgerente de epidemiologia e análise de risco do IDAF, José Dias Porto Júnior. O representante do MAPA falou sobre o processo de notificação obrigatória em casos de doenças, destacando o passo a passo e os meios para a execução da notificação, além do trabalho de investigação e de comunicação com os Serviços Veterinários dos Estados (SVE), MAPA e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).  

Já o representante do IDAF explanou sobre a situação da febre aftosa no mundo e na América do Sul, destacando os planos de ação nacional e do hemisférico para a erradicação da febre aftosa, as fases dos programas sanitários, a evolução das zonas livres da doença no Brasil, e frisou os procedimentos adotados nos abatedouros e os desafios no trabalho de fiscalização. 

Para o diretor executivo da ASES, Nélio Hand, o debate do tema trouxe muitas informações e orientações para o setor suinícola local. “O empenho da ABCS em percorrer os vários estados e junto com as  demais entidades para esclarecer o assunto é de suma importância, assim como também as atitudes tomadas em relação aos  focos de PSC constatados no Ceará e Piauí, que foram controlados graças a rápida ação”, destacou.

Nélio ainda enfatizou a importância do produtor ficar atento aos cuidados que são recomendados. “Precisamos ficar atentos e cada um fazer a sua parte, especialmente com o trânsito de veículos e o acesso de pessoas nas granjas deve ser restringido ao máximo. O serviço veterinário oficial também vem alertando sobre os cuidados necessários, inclusive junto a outros seguimentos nos quais o trânsito de pessoas vindas de fora do país também é significante”, mencionou.

Além das entidades realizadoras, o evento contou com o apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo (CRMV-ES), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal do Estado do Espírito Santo (FEPSA-ES), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Conteúdo Gratuito – Todo o conteúdo apresentado durante o Workshop Estadual, além da cartilha de Prevenção e Controle da Peste Suína Clássica e da Africana, está disponível, de forma gratuita, no site da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), através do endereço www.abcs.org.br/materiais-tecnicos. (Comunicação AVES – ASES)

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