Indústria de químicos tem queda significativa

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Foto: Divulgação

Desde 2007, a competitividade da produção química no Brasil tem declinado anualmente

Em 2023, os índices Abiquim/Fipe para produtos químicos industriais no Brasil mostraram uma significativa queda em relação ao ano anterior, especialmente na produção e exportação, com recuos de 10,1% e 10,9%, respectivamente. Apesar do aumento de 7,8% nas importações, a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), diminuiu 1,5% em comparação com o ano anterior.

A diretora de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Giovanna Coviello Ferreira, expressou preocupação com a segunda queda consecutiva no CAN, destacando a dificuldade do setor em competir com importações agressivas e buscar alternativas no mercado externo. As vendas internas também diminuíram drasticamente em 9,4%, e a utilização da capacidade instalada atingiu o patamar mais baixo da série histórica da entidade, operando a 64%.

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Desde 2007, a competitividade da produção química no Brasil tem declinado anualmente, com importações ocupando uma parte crescente da demanda local. Todos os grupos de produtos analisados apresentaram aumento na ociosidade, mas, apesar do momento crítico, existe espaço para aumentar a produção no curto prazo.

Quanto aos preços, o setor de produtos químicos industriais registrou uma deflação de 12,7% ao longo de 2023, principalmente devido ao comportamento do mercado internacional, ressaltando a característica da indústria química brasileira de ser influenciada pelos preços globais.

“De lá para cá, vem se acentuando ano a ano a perda de competitividade no Brasil, com importações crescentes e que ocupam espaço cada vez maior em relação ao atendimento da demanda local. Todos os grupos de produtos pesquisados na amostra do RAC, sem exceção, apresentaram aumento no nível de ociosidade. Por outro lado, apesar da criticidade do momento, todos os grupos de produtos analisados possuem espaço para elevar a produção no curto prazo”, destacou Coviello. (Agrolink)

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