Os principais efeitos da pandemia do novo coronavírus na produção de banana foram o aumento no preço dos insumos e também a redução na mão de obra, que acabou gerando desemprego, indicou uma nota técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Isso porque, feiras livres e supermercados foram fechados por todo País, afetando a venda desses alimentos perecíveis, que não podem ser armazenados.
“O aumento, logo no início da pandemia, da depreciação do real frente ao dólar encareceu os insumos com componentes importados, majorando os custos de produção, que, acompanhados da queda na demanda interna, acarretaram na redução da margem de receita líquida esperada pelos produtores (à exceção dos produtores exportadores). Infelizmente muitos produtores tiveram que reduzir a quantidade de mão de obra empregada (tanto fixa quanto provisória), e, caso a flexibilização do isolamento social — ou medidas de mitigação das perdas do setor — ainda demore a ocorrer, essa redução poderá atingir um quarto dos postos de trabalho (diretos e indiretos) no agronegócio bananicultor”, diz a Embrapa.
Além disso, diversos produtores já estão comercializando abaixo do custo de produção, o que certamente acarretará uma inadimplência nos financiamentos aos bananicultores, sendo necessário apoio futuro do Mapa para a renegociação dos empréstimos bancários já contratados.
“Com relação à logística distribuição/comercialização, os produtores mais organizados — em geral de médio a grande porte ou os de pequeno porte cooperados ou associados — e tendo contratos com redes atacadistas e varejistas sofreram menor impacto que os de menor porte. Já os produtores de menor porte, ofertantes do fruto para as compras públicas destinadas à merenda escolar, dentre outras, enfrentaram um “baque” frente à interrupção desse serviço”, conclui. (Agrolink)