A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil do Brasil (CNA) participou nesta segunda (25), em Vitória, de um a audiência pública na Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo para debater as potencialidades e desafios do agro capixaba.
O encontro reuniu especialistas que discutiram, entre outros temas, a situação do crédito rural, que se tornou insuficiente para suprir as necessidades do produtor segundo os expositores. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes), Júlio da Silva Rocha Júnior, participou das discussões.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, fez um histórico da evolução do setor agropecuário no país, que foi possível com o tripé “crédito, pesquisa e assistência técnica”.
Entretanto, ele ressaltou que é preciso repensar o atual modelo de crédito no país, buscando novas fontes de financiamento, além de aprimorar os instrumentos de gestão de risco. “Estamos ouvindo os produtores e identificando demandas. Esse diálogo vai facilitar a construção de um plano agrícola junto ao Ministério da Agricultura”, destacou.
Ele explicou que o modelo atual de crédito rural permite ao produtor utilizar pouco mais de 30% do crédito rural que é liberado, o que promove sua descapitalização, já que tem de lançar mão de recursos próprios para levar adiante a sua produção.
O superintendente da CNA esclareceu que é hora de aproveitar o plano agrícola para modernizar e pensar uma forma de mitigar os riscos do produtor rural. “Se não tivermos gestão de risco não é possível discutir crédito”, ponderou.
Ele destacou que o Brasil é referência em sustentabilidade, com a preservação de 66% da vegetação nativa brasileira, dos quais 25% estão dentro das propriedades rurais. “O produtor fez seu dever de casa. Com isso fez o agronegócio representar 22% do PIB brasileiro, 32% da mão de obra e 42% das exportações brasileiras”. (CNA)