“É indiscutível que haverá um excedente de mercadorias”
A redução de 18,8% das aquisições de intermediários para fertilizantes no acumulado do ano foi uma das principais responsáveis pelo déficit em produtos químicos no ano que está em curso. De acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) o déficit em produtos químicos cresceu 22,7% em relação ao mesmo período de 2017 e ultrapassou os US$ 15,6 bilhões.
Segundo a Abiquim, de agosto do ano passado até julho deste ano, déficit comercial atingiu a marca de US$ 26,4 bilhões, sendo que a perspectiva é de que chegue a US$ 27 bilhões até o final de 2018. Para Denise Naranjo, Diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, a situação preocupa devido ao tímido crescimento econômico nacional e a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.
“É particularmente preocupante no ainda instável atual cenário econômico brasileiro como a guerra comercial entre as maiores economias do mundo atingirá a indústria brasileira. É indiscutível que haverá um excedente de mercadorias e o Governo precisa agir rapidamente para impedir que o Brasil seja alvo de um surto de importações decorrentes desse desequilíbrio comercial internacional em condições predatórias”, comenta.
As informações sugerem que o Brasil importou cerca de 22 milhões de toneladas de produtos químicos nos últimos 12 meses e chegou ao montante de US$ 23,2 bilhões, um aumento de 11,5% se comparado ao igual período do ano anterior. Já as exportações, registraram uma redução de 0,8% em relação a 2017 somando US$ 7,6 bilhões, no entanto, a diminuição do volume exportado foi de 8 milhões de toneladas, ou 17,6%. (Fonte: Agrolink)